Quinta-feira da 23ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR): “Dá a quem te pedir...” (Lc 6,27-38).

Hoje, mais do que nunca, temos a receita para vivermos sempre no amor de Deus. No compasso da lógica humana, envoltos pelas críticas e exigências a que estamos acostumados, tais lições nos soam como irreais, ilusórias e utópicas. Afinal, amar aqueles que nos fazem mal, oferecer nossa vida àqueles que muitas vezes não nos entendem ou não nos respeitam, entregar aos outros o que nos sobrou, depois de termos sido violentados ou agredidos... são dicas muitas vezes nada satisfatórias ao coração que teima em agir pelo impulso, pelo instinto ou por sentimentos mesquinhos e traiçoeiros. Mas, quem se deixa nortear pela cartilha da vida que é o Evangelho de Jesus Cristo, conseguirá perceber que a sua instrução é sempre nos encharcar do amor de Deus, a fim de que possamos conviver com a solução mais segura e acertada, mesmo diante de tantas agruras e percalços nesta nossa vida. Ao terminar de apresentar as suas orientações acerca de como devemos viver as relações em nosso viver, Jesus instiga seus discípulos a nunca se esquecerem de oferecer tudo àqueles que nada têm. Não reduzamos esta oferta meramente ao aspecto financeiro ou material. Dá a quem nos pede é ter uma vida prontamente voltada ao essencial do nosso ser. Dou porque também preciso. SE NOS ESTOQUES DE NOSSAS VIDAS SOUBERMOS DISTRIBUIR OS PRINCIPAIS VALORES DO REINO DE DEUS PRESENTE EM NÓS, É PORQUE, CERTAMENTE, ESTAMOS COMPREENDENDO O QUE E COMO DEVEMOS DAR AOS QUE NÃO CONSEGUEM OFERECER NEM MESMO UM OLHAR SINCERO, UM SORRISO VERDADEIRO OU UM ABRAÇO ACOLHEDOR. A receita da boa relação com os outros a que Jesus se refere, é ainda compreendida e difundida pelo apóstolo Paulo em seu escrito voltado aos Colossenses, e hoje a todos nós. “Revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, SUPORTANDO-VOS uns aos outros e PERDOANDO-VOS mutuamente...” (1ª leitura – Cl 3,12-17). Que a lei do amor e da concórdia, torne-nos sempre mais sensatos no amor de Deus que nos acolhe como filhos no Filho que nos abraça como irmãos. Eis a receita da fraternidade que Deus nos pede. Ele pede. Agora demos!