quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Sexta-feira da 23ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR): “Pode um cego guiar outro cego?” (Lc 6,39-42).

Estejamos sempre atentos e cuidadosos a ter sempre como modelo e guia de nossas vidas Jesus, nosso Senhor. Sabendo desta importante necessidade, a doutrina de nossa Igreja nos convida a vivermos sempre uma fé CRISTOCÊNTRICA, isto é, Jesus no centro. Por mais que tenhamos alguma admiração por alguém, este alguém é dotado de falhas e de erros, assim como nós. Se “endeusamos” certas pessoas, é possível que chegue um momento em que tais pessoas nos causem estranheza e decepção. QUANDO NOSSO FOCO É ALGUÉM FALHO COMO NÓS, ACABAREMOS FICANDO TRISTES, FRUSTRADOS E DECEPCIONADOS. O OUTRO É LIMITADO E CONTINGENTE COMO TODOS NÓS. O profeta Jeremias também alertou o povo de sua época ao dizer: “maldito o homem que confia em outro homem” (Jr 17,5). Devemos gostar e reconhecer as virtudes e qualidades dos outros. Todavia, não esqueçamos que também são eles portadores de fragilidades e erros como cada um de nós. Jesus ainda nos pede para sermos sensíveis aos erros alheios, como também sermos dignos de vigilância e caridade, para não explorarmos o outro, colocando-nos como modelo para tal situação. Tirar a trave do nosso olhar, ajuda-nos a olhar com a alma e não providos pelas situações que nos satisfazem e nos condizem. Reconheçamos que somos necessitados do amor que é caridade entre nós. Sem a luz de Deus, pairamos nas trevas do erro, da soberba, da prepotência, da autossuficiência e da ganância. Em tais trevas, viveremos numa cegueira infindável e quase que interminável. Por isso Jesus pede para refletir se é possível alguém com tal postura tentar guiar outra pessoa que também é portadora das mesmas limitações e/ou inclinações. Que nossos olhos estejam atentos à luz que a misericórdia de Jesus nos proporciona enxergar. Com esta luz, certamente admiraremos os outros, mas perceberemos que o nosso foco é sempre Jesus. É n’Ele que encontramos misericórdia (1ª leitura – 1Tm 1,1-2.12-14). É mediante o seu amor que poderemos guiar os outros como quem sabe aonde caminha e para onde quer chegar. Como cegos, no primeiro precipício padeceremos. Seja Jesus o nosso guia e a nossa fortaleza, amém!

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