sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Sábado da 23ª Semana do Tempo Comum (ANO ÍMPAR): “A boca fala do que o coração está cheio” (Lc 6,43-49).

Muitos pensam que está afirmação é apenas um ditado popular. Mas foi o próprio Jesus quem cunhou esta expressão. É fácil usar um palavreado bonito e contagiante. Palavras bonitas que expressam sentimentos que empolgam e convencem. Hoje existe gente especializada exatamente nisto. Falar bonito para convencer e conquistar. As grandes empresas capacitam uma série de seus funcionários para dominarem a palavra que convence e seduz. Isto garante lucro e status. Dá prestígio agir assim. Mas não apenas empresas. Infelizmente há igrejas e pastores também que atuam nesta mesma linha. A PALAVRA É IMPORTANTE, DESDE QUE SEJA O RESULTADO DE UMA VIDA DE ATITUDES. Jesus chama a atenção daqueles que falam bonito, mas não vivem em conformidade com o seu falar. Segundo Jesus, assemelham-se a uma casa bonita construída sem alicerce. ASSIM COMO A CASA ESTÁ CONDENADA POR FALTA DE SEGURANÇA, DISCURSOS PERSUASIVOS, FALATÓRIOS CHEIOS DE SENSACIONALISMO E SEDUÇÃO CONDENAM O AGIR DE QUEM FALA MUITO E POUCO DIZ. Por isso é sempre importante consultar o coração antes de externar alguma palavra. QUANDO SE USA O CORAÇÃO PARA COMUNICAR, AS PALAVRAS SERVEM APENAS PARA COMPLEMENTAR A MENSAGEM OUTRORA EXPRESSA PELO PRÓPRIO CORAÇÃO. Por mais que falemos bonito, nunca esqueçamos que somos todos vulneráveis. Para que nossas palavras tenham respaldo e sentido, elas deverão estar sempre associadas à palavra maior que é o próprio Deus. A PALAVRA SE FEZ CARNE UM DIA, A FIM DE OFERECER CRÉDITO À NOSSA PALAVRA. Acolhamos o gesto de São Paulo (1ª leitura – 1Tm 1,15-17). Falava bonito porque era culto e inteligente. Porém o convencimento e a persuasão presentes em seus escritos se davam exatamente pelo reconhecimento da misericórdia e do amor de Deus a cada linha assumida em sua vida. A providência divina nos diz que somos capazes de fazer o mesmo. Jesus explicita isto no evangelho. “Não existe árvore boa que dê frutos ruins”. Somos o fruto bom da árvore da vida que é Deus. Deixemos que Ele nos enxerte sempre mais, para que nossa vida seja a mais bela e encantadora composição artística do amor divino em nós.

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