Jesus é o vinho novo, mas também o vinho velho. Afinal, Ele é Deus desde todo o
sempre que se encarnou e veio viver entre nós (1ª leitura – Cl 1,15-20). Se
desde sempre Ele é Deus, logo ele é o vinho velho, pois o seu amor sempre nos
acompanhou. Entretanto, isto veio a se tornar mais evidente a partir de sua
encarnação. Ele é a novidade que estava nos faltando. Por isso Ele é o vinho
novo e velho. Novo porque sempre se renova, velho porque seu sabor é sempre
mais palatável e agradável a todos nós. É como já dizia Santo Agostinho: “Deus
é uma verdade tão antiga e tão nova”. Deus é eterno, mas nós não. Eis a razão de
o vinho necessitar de odres novos. SEJAMOS ESTES NOVOS ODRES A GARANTIR QUE O VINHO
NÃO SE ESTRAGUE. Deixemos também que Jesus seja este odre novo em nós, para que
o vinho, com toda a sua consistência, não se perca facilmente. Sejamos um vinho
encorpado e saboroso. Vinho de uma safra de qualidade para que não nos percamos
em meio às amarguras e aos azedumes desta vida. Deus sempre prepara uma festa
para nós. E uma festa com banquete de qualidade. Uma festa bonita e alegre,
onde seu Filho se faz alimento para que nós tenhamos como brindar o seu amor,
no vinho e no pão eucarísticos que é vinho e pão de nossas vidas. Por isso
Jesus justificou a falta da prática do jejum entre Ele e seus discípulos. O
jejum quer dizer uma necessidade de correção e disciplina. Jejuar por jejuar,
apenas para cumprir uma norma e não alcançar uma vida realmente marcada pela
conversão é ainda comparado ao pano novo unido a uma roupa velha. O velho não
combinará com o novo. Assim como os odres velhos estragarão o vinho novo, a
roupa velha se estragará ainda mais com o remendo novo. Façamos as coisas com
consciência, não somente porque temos que fazer para cumprir um costume.
Afinal, DEUS NÃO QUER QUE TENHAMOS UMA VIDA REMENDADA.
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