Observando a
ação dos discípulos de Jesus que estavam buscando o que comer em dia de sábado,
observando mais ainda a reação dos fariseus diante deste fato, provoquemo-nos a
nós mesmos, a fim de estarmos mais atentos se não agimos também desta maneira.
A lei serve para apresentar uma ordem às coisas. Necessitamos de orientações
que nos ajudem a viver de forma equilibrada. Todavia, a lei do “pode ou não pode”
certamente dificultará o nosso crescimento e a nossa maturidade. Era o que
fazia aquele povo que estava sempre na espreita de Jesus e de seus discípulos.
O sábado era o dia consagrado a Deus. Mas antes de consagrar o dia, consagremos
a nossa disposição em servi-lo a partir de todos os que se encontram à nossa
volta. Consagrar um dia da semana, tão somente pelo cumprimento de uma lei,
visando uma ordem, um estatuto ou algo maior que visa reger as coisas não é uma
atitude sensata, capaz de agradar o coração de Deus. Antes de um dia semanal
ser dedicado a Deus, dediquemos a nossa vida, o nosso ser, a nossa disposição
em consagrar o amor de Deus em nós, através do cumprimento deste amor para com
as pessoas. Foi isso que faltou aos fariseus. É isso que pode faltar ainda a
nós. A lei do sábado era uma coisa boa. Porém foi desvirtuada e má
interpretada. Mas nós não somos mais desta lei. A nova lei é a lei do amor.
Esta é a que deve reger as nossas ações e o nosso pensar. Jesus institui esta
lei quando aceitou morrer por nós para aprofundar este mesmo amor no dom
precioso da ressurreição. Se quisermos consagrar um dia a Deus, em Cristo,
consagramos agora o domingo (1ª leitura – Cl 1,21-23). Não nos percamos em meio
às distrações e deletérios de uma vida apegada às circunstâncias de uma vida
regrada a leis, com seus parágrafos e inserções. Quando a vida se baseia pelo
amor, tudo flui de uma forma mais simples.
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