sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Solenidade da Exaltação da Santa Cruz (ANO B): “É necessário que o Filho do homem seja levantado...”. (Jo 3,13-17).

Inúmeras são as dores, diversos são os sofrimentos que assolam a nossa vida e a vida dos nossos irmãos. Nós cristãos canalizamos estas dores olhando para as dores de Jesus no alto da cruz. Tais dores são as cruzes que devemos carregar, a fim de prosseguirmos crescendo na fé, sempre tendo em vista a salvação. Celebrando a EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ, a espiritualidade movida pela nossa fé cristã, faz-nos perceber o quanto é necessário levantarmos nossas cruzes, a fim de lograrmos êxito com a ressurreição, prêmio verdadeiro para a nossa salvação. Jesus foi levantado na cruz. A partir daquele instante, todos nós sentimos quão é necessário levantar a vida, ainda que seja em meio às dificuldades, para sermos atingidos pelo precioso dom da salvação. No exercício de nossa fé, celebrando o dia da exaltação da cruz de Jesus, resta-nos saber se encontramos força para elevarmos o nosso olhar, em meio às resistências do nosso viver, ou se ainda teimosamente perdemos tempo elevando outros sinais, muitas vezes contraditórios e/ou difamatórios para nós. O povo da antiga aliança, nas andanças pelo deserto, preferiu elevar o orgulho, a soberba e a falta de gratidão a Deus, quando disseram sentir falta do conforto e da vida mesquinha que tinham no Egito (1ª leitura – Nm 21,4-9). Certamente, em algumas ocasiões, identificamo-nos com eles. Pelas cruzes que carregamos, preferiríamos voltar a experimentar situações mais confortáveis. Olhemos para Jesus, o homem das dores. Olhemos para a sua cruz. Elevada, sublimada, enaltecida e sempre mais rica de sentidos ao nosso viver. Elevemos nossas dores, suavizando a dos nossos irmãos, sendo melhores, mais autênticos, mais resistentes no amor de Deus. Jesus aceitou morrer na cruz para nos garantir a vida eterna. Tenhamos mais coragem e fortaleza para continuarmos levando as nossas cruzes. Levamos no peito, colocamo-la em nossas paredes, nos carros, na bolsa ou em outros lugares que manifestem a sacralidade e o respeito para com as coisas de Deus. Todavia, só fazemos isto porque já temos a cruz no coração. Como diria São Bento: “a cruz sagrada seja a nossa luz!”.

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