Não é fácil falar ou refletir sobre a morte, muito
menos experimentar em nossa própria vida o sentimento de perder aqueles que tanto
amamos. A nossa humanidade nos impele de maneira muito forte quando alguém que
amamos chega a falecer. Em tal circunstância existe uma dor imensurável, que atitude
alguma poderá nos trazer a tranquilidade que o nosso coração humano tanto
aspira. Há muitas formas de representar este sentimento de dor e de perda.
Muitos choram, outros se calam, outros ainda se revoltam. Porém todos estão
certos que a morte é mesmo um mistério e nos abala em profusão. Certos desta
dor humana, Deus, que é amor, não poupou o seu próprio Filho Jesus. Em nossa profissão
de fé, atestamos que Jesus desceu à mansão dos mortos. Ele, autor da
ressurreição, Deus verdadeiro, caminho, verdade e vida, assumiu integralmente a
nossa condição humana (exceto o pecado), a fim de nos acolher demasiadamente,
unindo-se a nós! Diante desta certeza, a nossa fé nos leva a ter o feliz consolo
que a morte é apenas um episódio diante da vida eterna em Cristo Jesus. Somos de
Deus. Lamentamos a morte. Mas trazemos conosco o sopro da vida (1ª leitura – Jó
19,1.23-27). Por isso a nossa Igreja nos ensina que faz bem rezarmos pelos
nossos entes queridos, aqueles que já contemplam a face de Deus. A nossa prece
encontra mais força quando apresentamos a Deus, que é fortaleza e misericórdia
ao nosso viver, a nossa sincera oração. Aprendamos com São Francisco de Assis
que soube olhar para morte com ternura, a ponto de assumi-la como irmã.
Encontraremos paz e harmonia no tempo de Deus. Rezemos e não percamos a esperança
divina (2ª leitura – Rm 5,5-11). Aos que amamos a certeza verdadeira que a eternidade
é o precioso dom que Deus lhes concede. A morte jamais sobrepõe o amor de Deus
que é vida em plenitude. O choro que toma conta do nosso ser, reverter-se-á em
saudade, sinal de que Deus se importa sempre conosco!
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