quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sexta-feira da 30ª Semana do Tempo Comum: “’A lei permite curar em dia de sábado ou não?’ E eles ficaram em silêncio” (Lc 14,1-6).

A lei nos sugere o conforto e a tranquilidade, quando exercemos, de forma cristã, os nossos direitos e deveres. Somente uma fé de compromisso será capaz de agilizar em nós o desejo de respeitarmos e sermos também respeitados. A pessoa humana não deve padecer por conta de certos entraves que beneficiam a uns e outros não. Prestes a tomar parte de um banquete, no evangelho que hoje nos é proposto, Jesus nos deixa esta impressionante lição. Enquanto muitos se fartavam com a comida de festa, Jesus, sempre sensível à dor do outro, observava que entre eles havia um homem doente, um hidrópico. Alguém que acumulava água em seu organismo. Querendo provocar uma situação de mudança e de questionamentos a respeito da lei, Jesus deixa aquele povo em silêncio. Silenciaram porque não queriam se comprometer. Estavam omissos e preocupados apenas com a comida daquele banquete. O SILÊNCIO, QUANDO INADEQUADO, CAUSA DESAMOR E PECADO. Infelizmente, era preferível deixar o homem continuar acumulando água, do que acumular o desejo de ter mais caridade para com a pessoa que sofre. Mas Jesus tomou o homem pela mão e o curou. Tomar pela mão é o oposto da omissão. Jesus se comprometeu. Tanto que ocasionou burburinho entre os convidados da festa. VIVEMOS COMPROMETIDOS COM OS QUE VIVEM ACUMULANDO DOENÇA NO CORPO E NA ALMA, A FIM DE SANAR OS PROBLEMAS DE UMA SOCIEDADE DOENTE, OU NOS CONTENTAMOS COM OS CONVITES QUE NOS DEIXAM INSENSÍVEIS AOS OLHOS DE DEUS? É preciso pensar nestas coisas, para que a nossa fé obtenha mais êxito e sentido. Repensemos nossos valores e opções de vida. Não nos esbaldemos, enquanto muitos vivem à mercê de situações críticas e nada humanas, muito menos cristãs. A este respeito, meditemos a exortação de São Paulo que se encontrava triste porque não percebia no seu povo o desejo de se humanizar mais a partir do próprio Jesus (Rm 9,1-5). Com uma fé mais robusta e sólida, seremos amplamente solidários com os outros. Foi o que fez Jesus. É o que Ele espera que nós façamos também.

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