A lei nos sugere o conforto e a tranquilidade, quando exercemos, de forma
cristã, os nossos direitos e deveres. Somente uma fé de compromisso será capaz
de agilizar em nós o desejo de respeitarmos e sermos também respeitados. A pessoa
humana não deve padecer por conta de certos entraves que beneficiam a uns e
outros não. Prestes a tomar parte de um banquete, no evangelho que hoje nos é
proposto, Jesus nos deixa esta impressionante lição. Enquanto muitos se
fartavam com a comida de festa, Jesus, sempre sensível à dor do outro, observava
que entre eles havia um homem doente, um hidrópico. Alguém que acumulava água
em seu organismo. Querendo provocar uma situação de mudança e de
questionamentos a respeito da lei, Jesus deixa aquele povo em silêncio. Silenciaram
porque não queriam se comprometer. Estavam omissos e preocupados apenas com a
comida daquele banquete. O SILÊNCIO, QUANDO INADEQUADO, CAUSA DESAMOR E PECADO.
Infelizmente, era preferível deixar o homem continuar acumulando água, do que
acumular o desejo de ter mais caridade para com a pessoa que sofre. Mas Jesus
tomou o homem pela mão e o curou. Tomar pela mão é o oposto da omissão. Jesus
se comprometeu. Tanto que ocasionou burburinho entre os convidados da festa. VIVEMOS
COMPROMETIDOS COM OS QUE VIVEM ACUMULANDO DOENÇA NO CORPO E NA ALMA, A FIM DE
SANAR OS PROBLEMAS DE UMA SOCIEDADE DOENTE, OU NOS CONTENTAMOS COM OS CONVITES
QUE NOS DEIXAM INSENSÍVEIS AOS OLHOS DE DEUS? É preciso pensar nestas coisas,
para que a nossa fé obtenha mais êxito e sentido. Repensemos nossos valores e
opções de vida. Não nos esbaldemos, enquanto muitos vivem à mercê de situações
críticas e nada humanas, muito menos cristãs. A este respeito, meditemos a
exortação de São Paulo que se encontrava triste porque não percebia no seu povo
o desejo de se humanizar mais a partir do próprio Jesus (Rm 9,1-5). Com uma fé
mais robusta e sólida, seremos amplamente solidários com os outros. Foi o que
fez Jesus. É o que Ele espera que nós façamos também.
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