segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Terça-feira da 30ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “A que é semelhante o reino de Deus e com que poderei compará-lo?” (Lc 13,18-21).

Deus nos oferece um reino grande, mas constituído de pequenas coisas. A sutileza de seu amor nos toca a partir dos momentos elementares e circunstanciais que nos acompanham no viver. Jesus nos fala com duas de suas fecundas parábolas. Conta-nos que é bom comparar o grande Reino de Deus com a pequena semente de mostarda. Fala-nos ainda que faz bem interpretarmos o lugar pleno do amor de Deus com a mulher ocupada e atenta em misturar à massa a três porções de farinha. Situações elementares nos fazem respirar o odor suave e agradável do amor de Deus. Preocupa-me muito, aqueles que pedem situações extraordinárias em suas vidas para dizerem que creem na existência de Deus. A semente de mostarda é quase invisível. Às vezes percebemos o amor de Deus quase de forma minúscula e distante. Mas isto depende muito do ângulo a que nos acostumamos estar para podermos fazer a experiência de seu amor. Vale o bom exemplo da lua. Há dias em que ela se apresenta pequena e distante. Mas há momentos em que ela está enorme, tão bela e tão fascinante. O povo já diz que “o ponto de vista é a vista de um ponto”. Com sábias palavras, apliquemos as parábolas de Jesus em nossa vida. A semente é pequena, mas torna-se uma grande árvore. O fermento na massa torna-se praticamente invisível, mas dá conta da massa crescer. Que ninguém note o que fazemos ou talvez nem mesmo a nossa presença. Mas Deus, que vê o que está oculto, se encarregará de nos fazer desfrutar do seu Reino e do seu amor. Por que perder a nossa paz mirando as coisas grandes, apoteóticas ou mirabolantes que a vida teima em nos apresentar? Olhemos para Jesus, que se fez pequeno e pobre para nos enriquecer. Estejamos sempre mais atentos, pois as coisas pequenas desta vida, ainda que pareçam irrelevantes ou sem sentidos, farão com que possamos merecer a grandeza e a glória que Deus revelará a nós (1ª leitura – Rm 8,18-25).

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