segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Segunda-feira da 30ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Havia aí uma mulher que fazia dezoito anos, estava com um espírito que a tornava doente. Era encurvada e incapaz de se endireitar” (Lc 13,10-17).

Uma vida com dificuldades sempre tira-nos a paz. Uma pessoa que não consegue relevar as situações amargas da vida, começa a canalizar estas situações ao coração e vai vivendo por viver. Não encontra mais estímulo algum. Nada lhe apresenta meios para a felicidade. Vive, mas não dá mais sentido à vida. Forças contrárias, exemplos de uma baixa autoestima vão tirando a alegria de viver. Não consegue mais olhar à frente. Vive-se de forma encurvada e triste. É o que aconteceu com a mulher que se dirigiu a Jesus. Vivia encurvada há 18 anos. Uma vida sem esperança e fé, deixa qualquer pessoa sem expectativa. Sem alento, ninguém consegue sobreviver. Olhar para o chão se torna mais cômodo, quando se devia, na verdade, olhar para o horizonte, sempre na esperança de momentos fecundos e de mais felicidade. Fardos pesados todos nós temos. Por isso é importante buscarmos ajuda. Alguém que nos seja um apoio, a fim de que a coluna espiritual e social de nossa vida não adoeça e consequentemente não nos deixe olhando para baixo. Até Jesus precisou de alguém assim. Carregando a cruz em direção ao Calvário, um homem chamado Cireneu, na caridade e no amor, ajudou Jesus a carregar a cruz. Na solidariedade, soube ser capaz de suavizar as dores de Jesus. A mulher do evangelho estava precisando de alguém que lhe ajudasse a suavizar as suas dores de tantos anos. Mas, enquanto Jesus se colocou à sua disposição, os que lhe assistiam estavam mesmo era preocupados em dar mais peso àquela pobre mulher. Criticaram a cura porque era dia de sábado. É preciso ver segundo o Espírito, fala-nos São Paulo (1ª leitura – Rm 8,12-17). Agindo mediante a sensibilidade que nos aponta o amor de Deus, não suportaremos ver a dor do outro, pois a dor de alguém será sempre a nossa dor também. “Se realmente sofremos com Ele, é para sermos também glorificados com Ele”. A lei que pesa nunca será a lei do jugo suave e do fardo leve.

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