Uma vida com dificuldades sempre tira-nos a paz.
Uma pessoa que não consegue relevar as situações amargas da vida, começa a
canalizar estas situações ao coração e vai vivendo por viver. Não encontra mais
estímulo algum. Nada lhe apresenta meios para a felicidade. Vive, mas não dá
mais sentido à vida. Forças contrárias, exemplos de uma baixa autoestima vão
tirando a alegria de viver. Não consegue mais olhar à frente. Vive-se de forma
encurvada e triste. É o que aconteceu com a mulher que se dirigiu a Jesus.
Vivia encurvada há 18 anos. Uma vida sem esperança e fé, deixa qualquer pessoa
sem expectativa. Sem alento, ninguém consegue sobreviver. Olhar para o chão se
torna mais cômodo, quando se devia, na verdade, olhar para o horizonte, sempre
na esperança de momentos fecundos e de mais felicidade. Fardos pesados todos
nós temos. Por isso é importante buscarmos ajuda. Alguém que nos seja um apoio,
a fim de que a coluna espiritual e social de nossa vida não adoeça e
consequentemente não nos deixe olhando para baixo. Até Jesus precisou de alguém
assim. Carregando a cruz em direção ao Calvário, um homem chamado Cireneu, na
caridade e no amor, ajudou Jesus a carregar a cruz. Na solidariedade, soube ser
capaz de suavizar as dores de Jesus. A mulher do evangelho estava precisando de
alguém que lhe ajudasse a suavizar as suas dores de tantos anos. Mas, enquanto
Jesus se colocou à sua disposição, os que lhe assistiam estavam mesmo era
preocupados em dar mais peso àquela pobre mulher. Criticaram a cura porque era
dia de sábado. É preciso ver segundo o Espírito, fala-nos São Paulo (1ª leitura
– Rm 8,12-17). Agindo mediante a sensibilidade que nos aponta o amor de Deus,
não suportaremos ver a dor do outro, pois a dor de alguém será sempre a nossa
dor também. “Se realmente sofremos com Ele, é para sermos também glorificados
com Ele”. A lei que pesa nunca será a lei do jugo suave e do fardo leve.
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