Façamos uma reflexão
sobre a Palavra de Deus que nos é oferecida neste domingo. Com o evangelho,
somos instigados a observar como deve ser o comportamento do discípulo de
Jesus. Qual o personagem? Um cego. Seu nome? Bartimeu. Diante da fé inabalável
deste homem, percebemos que na multidão estavam os verdadeiros necessitados de
cura. Jesus, o filho de Davi, realiza a cura física em Bartimeu, filho de
Timeu, a fim de que este homem voltasse ao convívio do povo. Contudo, O
VERDADEIRO MILAGRE ESTAVA EM DEVOLVER AO POVO O ENTUSIASMO NECESSÁRIO PARA SE
TORNAR DISCÍPULO. A MULTIDÃO ESTAVA VENDO JESUS. BARTIMEU DESEJAVA “VER DE
NOVO”, POIS ELE JÁ TINHA UM ENCONTRO PESSOAL COM O MESTRE. Esta mensagem
profunda do evangelho nos faz lembrar o que diz Santo Agostinho: “desde que te
conheci, tu me elevaste para VER que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não
era. (...) Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me
nada belo ante a beleza que tu criaste”. DEUS NOS VÊ SEMPRE. E PORQUE NOS VER,
QUER QUE NÓS SAIBAMOS ENXERGA-LO A PARTIR DO SEU AMOR E DE SUA MISERICÓRDIA. Maravilhados
por esta certeza, desapeguemo-nos, portanto, do manto que nos impede de chegar
a Deus. O homem cego fez esta experiência e pulou ao encontro de Jesus. Este “pular”
quer dizer, aceitar a dar a volta por cima. Reconhecer que é preciso mudar. ENXERGAR
COM O CORAÇÃO PARA VER ALÉM DA APARÊNCIA. Deus está à nossa espera. Como salvou
e resgatou o resto de Israel (1ª leitura – Jr 31,7-9), em seu Filho Jesus,
devolve-nos a vista como fez com aquele pobre homem à beira do caminho. Deus
quer nos curar de vez. Quer que nós aprendamos a enxergar com o coração e a
alma. Jesus, o sacerdote eterno do Pai, não se cansa de se oferecer para a
nossa salvação (2ª leitura – Hb 5,1-6). Ele “sabe ter compaixão dos que estão
na ignorância e no erro”. Voltemos a enxergar com a luz que Deus sempre nos
confia. O cego Bartimeu aceitou. Aceitemos também, mediante a nossa fé!
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