terça-feira, 3 de novembro de 2015

Quarta-feira da 31ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Este homem começou a construir e não foi capaz de acabar” (Lc 14,25-33).

Ao fazermos a opção por algo, consequentemente a vida nos faz abrir mão de outras situações e decisões. O evangelho de hoje nos fala destas coisas. Chama-nos à atenção para que as relações que temos em família sejam ocasiões certas para nos prepararem para a vida com o mundo. Pai e a mãe que educam seus filhos para estarem a todo o momento em casa, ou em seus condomínios justificando que o mundo está muito violento, estão, na verdade, criando uma cultura de insatisfação e de falso entendimento a respeito das relações com as demais pessoas e com o mundo. Há quem justifique que o uso das redes sociais no mundo virtual serve muito bem para preservar os filhos das ciladas que o mundo hoje apresenta. Ainda que doloroso, cortar o “cordão umbilical”, faz um bem enorme para o crescimento humano, afetivo e espiritual de qualquer pessoa. SAIBAMOS DAR PREFERÊNCIA A DEUS QUE QUER QUE TENHAMOS SOLIDEZ E COMPROMISSO COM AS DEMAIS RELAÇÕES À NOSSA VOLTA. Vivemos num contexto de muita fluidez e frugalidade. Zygmunt Bauman, um sociólogo e escritor polonês, autor de vários livros, defende uma tese que penso ser muito interessante e aplica-se ao que Jesus nos diz hoje. Este autor e pensador afirma que, mais do que nunca, VIVEMOS NUM MUNDO DE RELAÇÕES LÍQUIDAS. As coisas se esvaem de uma forma muito rápida. Associando este pensamento ao pensamento de Jesus, quando priorizamos outras coisas para a nossa vida, não temos tempo para planejamentos mais duradouros. Às vezes construímos relações de forma inconsistente e inconsequente. Tudo isto é muito perigoso. Jesus também chama a atenção para o exemplo de alguém que começou a construir, mas não foi capaz de concluir a sua construção. Construamos motivados pelo amor. A vida é feita de escolhas. É o que São Paulo nos ajuda a entender hoje (1ª leitura - Rm 13,8-10). Com amor, façamos com que as coisas certas da vida não escapem de nossas mãos como a água que se esvai entre os dedos. Sejamos sólidos para acompanharmos as relações verdadeiras que Deus nos apresenta.

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