quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Quinta-feira da 31ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida” (Lc 15,1-10).

Recordo-me que há alguns anos, assisti a um interessante filme, chamado NENHUM A MENOS. O filme conta a história de uma menina de apenas 13 anos que dava aula para crianças de uma pequena e pobre aldeia. Ela tinha a tarefa de manter as crianças sempre em sala de aula, pois, como a pobreza era muito grande, as crianças preferiam buscar trabalho para ajudar em casa. Infelizmente, sem que a jovem percebesse, um de seus alunos conseguiu escapar. Ela ficou muito abatida, capaz de comover os demais alunos. Estes, por não suportarem ver tamanha tristeza, resolveram ajudar a professorinha a ir ao encontro do aluno fujão. Ela não desistiu até que conseguiu trazer a criança de volta à sala de aula. Esta história se adequa muito bem ao contexto do evangelho de hoje. Jesus fala que Deus fica feliz, faz até uma festa no céu quando alguém que vivia perdido, desiludido ou entregue às circunstâncias nada satisfatórias, consegue se reencontrar e dar um novo sentido à sua vida. Deus também fica satisfeito quando conseguimos driblar nossos problemas, em prol da felicidade dos outros. Nossa vida não nos pertence. São Paulo nos ajuda a entender de maneira muito oportuna esta alteridade que em Cristo somos impulsionados a viver (1ª leitura - Rm 14,7-12). Vivos ou mortos somos de Deus. A criancinha do filme preferia viver atitudes de morte, devido ao sistema político, econômico e social a que estava acostumada com os seus pais. Mas a jovem professora querendo muito mais do que lecionar numa pequena e pobre sala de aula, preferiu se aventurar a ir ao encontro daquele que poderia lhe devolver o gosto de viver com o seu ofício de professora. Jesus também fala que este sentimento de alegria se equipara a uma mulher que perdeu dinheiro, vindo a encontrar sossego quando resgatou a moedinha perdida. Quando encontrarmos mais uma vez o sentido de nossa vida, especialmente devolvendo a vida àqueles que enfrentam sinais de morte, não tenhamos dúvidas de que Deus estará fazendo também uma bela festa no céu a todos nós.

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