terça-feira, 24 de novembro de 2015

Quarta-feira da 34ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (Lc 21,12-19).

Mais uma vez lembramos que estamos no final do ano litúrgico. É uma excelente ocasião para meditarmos sobre O FIM COMO FINALIDADE E NÃO COMO ALGO QUE ACABOU. Refletindo sobre o fim último de nossas vidas que é Cristo Jesus, princípio e fim, observemos a nossa vida com amor e fidelidade a Deus e àqueles que Ele coloca à nossa volta. É muito tranquilo estarmos dispostos simplesmente quando as situações se apresentam de maneira confortável e serena. Deus espera que estejamos também atentos aos seus desígnios quando as coisas não vão bem. É NA DIFICULDADE QUE A CRUZ SE APRESENTA, PARA QUE POSSAMOS FAZER DELA O NOSSO CANAL DE SALVAÇÃO. Em meios às dores e angústias, nossa fé se torna mais forte e verdadeira. Jesus descreve para os seus discípulos alguns sinais de provação. Não faz isso para impor medo ou algum tipo de pressão psicológica. DEUS NÃO SE MANIFESTA ATRAVÉS DO MEDO, DO CASTIGO OU DA PUNIÇÃO. O que Jesus faz é simplesmente dar mais força e vigor aos seus discípulos e, é claro, a cada um de nós. Trago comigo uma lembrança importante do meu tempo de seminário. Recordo que, certa vez, numa conversa com um dos padres formadores, o mesmo disse-me que não ficava satisfeito quando ouvia do seminarista que a sua vida estava muito tranquila. Se o seminarista, dizia-me o padre, não tem nenhuma dificuldade, então tenho a obrigação de “criar” alguma dificuldade para ele, pois É NA DIFICULDADE QUE REALMENTE EXPERIMENTAMOS A VERDADEIRA FORMAÇÃO HUMANA, ESPIRITUAL E CRISTÃ. O profeta Daniel nos fala também sobre estas coisas (Dn 5,1-6.13-14.16-17.23-28). O rei Baltazar, filho de Nabucodonosor, vivia esbanjando as riquezas do pai, sem critérios ou responsabilidades. Depois de um sonho que o deixou bastante intrigado, Daniel fez com que ele percebesse que suas atitudes imaturas estavam pondo em risco o seu reinado. Porque não encontrava nenhuma dificuldade ou privação, não sabia agir com responsabilidade. São estas coisas que Jesus deseja que nós entendamos com a nossa vida. UM “MAR DE ROSAS” NEM SEMPRE EXALA O PERFUME NECESSÁRIO PARA O NOSSO VIVER.

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