Vivendo a última semana do ano litúrgico, a
liturgia da palavra desta terça-feira é um convite para pensarmos a respeito do
nosso fim. Em nossas vidas temos um começo e fim. Apenas Deus é eterno. Infelizmente,
por questões até mesmo culturais, temos receio de pensar sobre estas coisas. Entretanto,
impelidos pela fé devemos sempre agir bem, para que o momento último de nossa
vida não nos pegue de surpresa. Valho-me de um belo pensamento do nosso querido
Padre Cícero Romão Batista. Este homem de Deus, certa vez disse: “TRABALHE COMO
SE NUNCA FOSSE MORRER, REZE COMO SE FOSSE MORRER HOJE”. Sábias palavras que se
adequam muito bem ao ensinamento que a Palavra de Deus hoje nos dirige. Enquanto
muitos às vezes esquecem que o prazo de validade para a vida neste mundo pode
estar chegando ao fim, seria interessante refletir a este respeito, para se ter
mais saúde para o corpo e para a alma. AQUI, NESTE MUNDO, SEREMOS SEMPRE SERES
DE FINITUDE. Esta certeza faltou ao rei Nabucodonosor (1ª leitura - Dn 2,31-45).
O poder lhe subiu à cabeça, ao ponto de pensar que era um deus. Mas o profeta
Daniel, ao interpretar um sonho do rei, soube alertá-lo para que compreendesse
que ninguém neste mundo poderá ser insubstituível. Foi o que fez Jesus no
evangelho de hoje. Enquanto muitos se admiravam pela beleza da arquitetura do
templo, Jesus alertava quando afirmava que chegaria o dia em que não ficaria
pedra sobre pedra. Observando estas coisas, antes que chegue o momento de não
restar mais nada, é bom fazer um balanço sobre a nossa vida. Final de ano é
tempo oportuno para isso. Mas não façamos este balanço, movidos pelo medo. Deus
não nos causa pavor. Com simplicidade e humildade saberemos reverter os sinais
de morte sempre com a consciência de que Deus nos fez para a vida, que começa
aqui e termina no céu. As realidades deste mundo terão o seu final. Mas, o
tempo de Deus nos servirá para sempre. É nisto que nos apegamos.
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