Estamos com a história da viúva que encantou Jesus
por apresentar ao templo uma oferta doada de coração. Jesus olhou para a
postura daquela pobre mulher, enquanto que os outros se maravilhavam com a
falsa bondade dos ricaços que lá estavam. Isto me faz lembrar o provérbio
popular que diz: “quem vê cara não vê coração”. Muitas vezes, NO MUNDO DAS
REDES SOCIAIS, AS IMAGENS FALAM MAIS DO QUE AS ATITUDES. A mulher era viúva e
pobre, mas deu o que tinha e não se arrependeu, pois o seu coração era o motivo
para agir assim. Os poderosos que se aproximavam do templo, enchiam os cofres
porque certamente ganhavam muito mais por outras vias. Ajudavam para serem
oportunamente ajudados. Numa sociedade que se alimenta por aparências, ganha
mais quem tem mais. O que nos anima e nos faz ter esperança é a certeza de que
Deus enxerga o nosso coração. NUM MUNDO CADA VEZ MAIS VIRTUAL, O REAL CHEGA A
SER BANAL. Quem se doa por amor, às vezes torna-se ridículo porque age pelos
sentimentos. Dá mais ibope quem se contenta em assumir as aparências do mundo
moderno, do que se deixar levar pelos princípios do evangelho. Ainda sobre este
importante tema, a primeira leitura de hoje nos deixa um importante recado (1ª
leitura - Dn 1,1-6.8-20). O rei Nabucodonosor estava à procura de jovens para o
serviço em seu império. Mas não queria qualquer pessoa. Estava mesmo buscando
pessoas esteticamente perfeitas. A boa aparência era o que contava. Alienava as
pessoas para ganhar com elas. Queria até mesmo que mudassem a sua postura
religiosa. Esta era a lógica. Eis que surgem quatro jovens que não se deixaram
corromper em meio aos caprichos do rei. Foram autênticos. Numa era cada vez
mais digital e moderna, para ser autêntico é necessário ter muitos critérios e também
bastante cuidado. Souberam esperar em Deus e com isso não perderam a sua
identidade. Precisamos de mais exemplos assim para que, em meio a tantas
aparências, as atitudes possam falar mais alto. Que a essência seja sempre o
nosso alvo.
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