Estamos concluindo mais um ano litúrgico. Tempo
bonito que a Igreja prepara com muita sensibilidade para que possamos meditar
bem a Palavra de Deus nos momentos fortes dos mistérios de nossa fé. E chegamos
ao final de mais um ano na liturgia proclamando a certeza que temos de que
Jesus é o nosso Rei e Senhor, princípio e fim de nossas vidas. As leituras
bíblicas de hoje reforçam esta certeza. Jesus, no evangelho, assume ser rei,
mas com uma realeza totalmente diferente da que estamos acostumados. O REINO DE
DEUS NÃO SE RELACIONA COM NENHUMA POTÊNCIA HUMANA. SISTEMAS E INSTITUIÇÕES
HUMANAS APRESENTAM SUAS QUALIDADES E VANTAGENS, MAS NÃO SÃO CAPAZES DE ESGOTAR
A SEDE QUE TEMOS DE DEUS. Quando Jesus declara que seu reino não é deste mundo
é porque se importa tanto conosco que anseia que tenhamos o desapego suficiente
para almejarmos de verdade as coisas que Deus tem a nos oferecer. A REALEZA DE
JESUS APONTA PARA O CÉU. A profecia de Daniel antecipa esta sua realeza (1ª
leitura - Dn 7,13-14). Com uma linguagem apocalíptica, o profeta fala de um
ancião que envia do céu o seu filho. É Deus a enviar até nós a presença de
Jesus e de seu reino. Um reino pleno, cheio de vida, que satisfação humana alguma
poderá ser comparada. Sejamos partícipes deste reino (2ª leitura – Ap 1,5-8). Na
ocasião da solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo, voltemos a nossa
atenção para estas coisas, a fim de que jamais caiamos nas tentações deste
mundo que geram indiferença e mesquinhez. Assim como Jesus, abracemos o reino
que não é deste mundo. Os poderes desta vida tem sua relevância. Entretanto,
quando não bem administrados, desembocam numa vida de arrogância, petulância e
prepotência. O que dizer de autoridades públicas que teimosamente se apegam ao
poder, muitas vezes burlando a lei, a fim de justificar suas falsas
necessidades? São estas coisas que nos fazem refletir a nossa fé para
celebrarmos AQUELE QUE DEFINITIVAMENTE SE FAZ REI PORQUE ANTES SE FEZ SERVO
PARA NOS SALVAR. E que venha a nós o vosso Reino!
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