Sexta-feira da 33ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Minha casa será casa de oração” (Lc 19,45-48).

Consultando o dicionário para vermos o sentido da palavra CASA, encontraremos uma série de significados. Destacamos aqui dois importantes sentidos para esta palavra. Podemos entendê-la tão somente como aquele espaço destinado à habitação. Entretanto, para nós que apoiamos a nossa vida nos princípios de Deus, entendemos a nossa casa não apenas como o lugar onde fixamos nossa residência, mas também como o nosso lar, um ambiente fraterno, seguro e verdadeiro onde vivemos em harmonia, criando laços através do amor. A casa é um ambiente sagrado. Um lugar para se fazer a experiência do amor de Deus. Moisés, no antigo testamento, ao se encontrar com Deus, tirou as suas sandálias para pisar num solo sagrado. A CASA QUE TEMOS COMO NOSSA, ONDE HABITAM NOSSOS PAIS, IRMÃOS E DEMAIS FAMILIARES, DEVE SER ESTE SOLO SAGRADO. Jesus, no evangelho de hoje, se aborrece fortemente quando observa que a casa de Deus estava sendo profanada. Deixava de ser um lugar de oração para se tornar um ambiente hostil e vulgar. Muitos frequentavam a casa de Deus para explorar e extorquir, manchando o verdadeiro significado deste espaço santo. Jesus não aceitou tal situação. O que estamos fazendo para defender o sagrado que habita em nós? Qual tem sido a nossa postura diante dos templos a que estamos acostumados a entrar para participar de momentos fortes e fecundos de oração? A CASA EM QUE HABITAMOS, PARA SE TORNAR DEFINITIVAMENTE UM LAR, DEVE SER UMA VERDADEIRA EXTENSÃO DA IGREJA QUE SEMANALMENTE SE TORNA PONTO DE ENCONTRO COM DEUS E COM OS IRMÃOS. Assim como fez Moisés, possamos tocar o solo santo que Deus nos oferece para sermos sacralizados pelo seu amor. A primeira leitura nos faz também refletir sobre estas coisas ao nos apresentar o povo purificando o espaço que antes havia sido profanado (1Mc 4,36-37.52-59). Necessitavam de um ambiente favorável para se encontrarem com Deus. Que nossas igrejas e os nossos lares sejam verdadeiros recintos a nos transmitir sempre mais a presença de Deus, a fim de que o nosso coração possa abrigar Aquele que sempre deseja morar no meio de nós.