Estamos diante de um Jesus extremamente humano.
Tão humano que chora por aqueles que ama. O evangelho de Lucas sempre nos
apresenta Jesus caminhando em direção à Jerusalém. Esta cidade é a sua meta.
Enquanto caminha, fala do Reino de Deus, catequisa as multidões, forma o
coração de seus discípulos, cura e visita as pessoas. Agora é chegado o momento
de estar em Jerusalém. Tudo aquilo que fez para as pessoas, Jerusalém não soube
acolher. E por isso Jesus chorou. Um choro de lamento, mas nunca de decepção. CHORAR
POR AQUELES QUE AMAMOS É EXTRAVASAR O QUANTO QUEREMOS QUE ELES SAIBAM ACOLHER O
NOSSO AMOR E PODEREM AGIR DE FORMA RECÍPROCA E VERDADEIRA. Jesus chorou com
suas lágrimas ao ver Jerusalém, a cidade que deveria ter sido sempre causa de
amor e de paz. Mas soube ser fiel, a ponto de aceitar chorar com o próprio sangue
quando esteve no alto da cruz, naquela terra sagrada que deveria ser também uma
terra de santidade. Hoje a Igreja nos pede para viver a lembrança de três
homens que “choraram” com o seu sangue, quando foram assassinados no Paraguai.
Três sacerdotes que viveram no século XVII. Porque eram homens de fé,
sacerdotes e catequistas a evangelizar os corações daquele povo, assim como
Jesus, foram incompreendidos e por isso morreram, mas não negaram a sua fé. Há
ainda o exemplo de outro homem com a palavra de Deus que nos é oferecida nesta
quinta-feira. Com o livro dos Macabeus, a história foi semelhante (1Mc 2,15-29).
Em meio às atrocidades do rei que desejava impor suas aberrações contra Deus a
todo custo, Matatias também sofreu para manter o zelo e fidelidade pelas coisas
de Deus. Ainda que chorosos, abramos o nosso coração para acolher Aquele que
nos consola e nos livra de todo o mal. É feliz aquele que chora, mas sabe dar a
volta por cima, revertendo suas lágrimas em alegria e amor. Que Deus nos
console, a fim de prosseguirmos com nossas vidas como fez Jesus.
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