terça-feira, 17 de novembro de 2015

Quarta-feira da 33ª Semana do Tempo Comum (Ano Ímpar): “Procurai negociar até que eu volte” (Lc 19,11-28).

As coisas de Deus às vezes nos chegam de forma enigmática. Precisamos de um pouco mais de paciência, a fim de colhermos os seus desígnios no momento certo. Jesus nos fala mais uma vez em parábolas. Hoje nos aponta a PARÁBOLA DAS MOEDAS. Um homem que resolve viajar e confia seu dinheiro à administração de alguns de seus empregados. Uns souberam aplicar, retribuindo toda a atenção confiada pelo tal homem. Mas houve aquele que enterrou as moedas na expectativa de devolvê-las. Alguns detalhes nos chamam a atenção neste evangelho, a ponto de nos deixar intrigados. Tal homem viaja para ser coroado rei, mas não é benquisto entre os seus súditos. Este homem claro que é o próprio Jesus. Ele é o Rei e Senhor de nossas vidas, que foi menosprezado, humilhado e morto. Mas A SUA COROA NÃO PERTENCE A ESTE MUNDO. TEVE QUE IR BUSCÁ-LA FORA. Por isso a parábola fala que o homem ao ser coroado, volta para prestar contas com os seus empregados. OS EMPREGADOS DA VEZ SOMOS NÓS. Estamos sabendo lidar com as moedas que Deus nos confiou ou estamos enterrando-as, a ponta de fazer com que percam o seu valor? É claro que a ideia de moeda é uma linguagem figurada. Jesus não está falando sobre dinheiro. O verdadeiro tesouro está no nosso coração. NUM MUNDO DE TANTOS CONTRA VALORES, SAIBAMOS NOS ACERCAR DOS VERDADEIROS DONS, BENS E TALENTOS QUE DEUS NOS DÁ. As moedas que nos são confiadas são a nossa família, a nossa saúde, o nosso bem-estar, a nossa inteligência, os nossos irmãos de caminhada, amigos, enfim... a nossa própria vida. Relacionando esta mensagem de fé e esperança com a que nos foi oferecida com a primeira leitura (2Mc 7,1.20-31), observemos o gesto daquela mãe que optou por ver seus filhos morrerem para este mundo, do que morrerem para a graça de Deus. Não esqueçamos que o martírio dos nossos dias, aqueles sofrimentos que vamos justificando mediante a nossa fé e a nossa perseverança, é também uma forma de multiplicar os dons que Deus nos concede para sermos sempre sinais de vida.

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