As coisas de Deus às vezes nos chegam de forma
enigmática. Precisamos de um pouco mais de paciência, a fim de colhermos os
seus desígnios no momento certo. Jesus nos fala mais uma vez em parábolas. Hoje
nos aponta a PARÁBOLA DAS MOEDAS. Um homem que resolve viajar e confia seu
dinheiro à administração de alguns de seus empregados. Uns souberam aplicar,
retribuindo toda a atenção confiada pelo tal homem. Mas houve aquele que enterrou
as moedas na expectativa de devolvê-las. Alguns detalhes nos chamam a atenção
neste evangelho, a ponto de nos deixar intrigados. Tal homem viaja para ser
coroado rei, mas não é benquisto entre os seus súditos. Este homem claro que é
o próprio Jesus. Ele é o Rei e Senhor de nossas vidas, que foi menosprezado,
humilhado e morto. Mas A SUA COROA NÃO PERTENCE A ESTE MUNDO. TEVE QUE IR
BUSCÁ-LA FORA. Por isso a parábola fala que o homem ao ser coroado, volta para
prestar contas com os seus empregados. OS EMPREGADOS DA VEZ SOMOS NÓS. Estamos sabendo
lidar com as moedas que Deus nos confiou ou estamos enterrando-as, a ponta de
fazer com que percam o seu valor? É claro que a ideia de moeda é uma linguagem
figurada. Jesus não está falando sobre dinheiro. O verdadeiro tesouro está no
nosso coração. NUM MUNDO DE TANTOS CONTRA VALORES, SAIBAMOS NOS ACERCAR DOS
VERDADEIROS DONS, BENS E TALENTOS QUE DEUS NOS DÁ. As moedas que nos são
confiadas são a nossa família, a nossa saúde, o nosso bem-estar, a nossa
inteligência, os nossos irmãos de caminhada, amigos, enfim... a nossa própria
vida. Relacionando esta mensagem de fé e esperança com a que nos foi oferecida
com a primeira leitura (2Mc 7,1.20-31), observemos o gesto daquela mãe que
optou por ver seus filhos morrerem para este mundo, do que morrerem para a
graça de Deus. Não esqueçamos que o martírio dos nossos dias, aqueles
sofrimentos que vamos justificando mediante a nossa fé e a nossa perseverança,
é também uma forma de multiplicar os dons que Deus nos concede para sermos
sempre sinais de vida.
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