terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Quarta-feira da 1ª Semana do Advento: “Tenho compaixão da multidão” (Mt 15,29-37).

Estamos acostumados a associar o tempo do Natal com momentos de fartura, regados a comidas e bebidas, para estreitar os laços com os familiares e amigos. Tudo isso é algo muito bom. Aliás, se prestarmos bastante atenção ao evangelho, diversos momentos importantes na trajetória de Jesus se deram em meio a grandes banquetes de festa. A missa, nossa principal banquete celebrativo, capaz de demonstrar a nossa fé, acontece em torno das mesas da Palavra de Deus e da santa eucaristia. Todavia, NOSSOS BANQUETES SÓ TERÃO UM SABOR DIGNO SE FOREM ESTENDIDOS ÀQUELES QUE VIVEM FAMINTOS, NO CORPO E NA ALMA. Na Eucaristia, Jesus se doa inteiramente para que TODOS tenham vida. Preparando-nos para celebrar mais uma vez o santo Natal, devemos ter presente entre nós o dom da partilha e da solidariedade. Domingo passado, a Palavra de Deus já nos alertava que TODO EXCESSO NOS LEVA A MORTE, POIS NOS AFASTA DE DEUS. No evangelho de hoje, vemos um Jesus que cura de todos os males, porque tinha COMPAIXÃO das pessoas. SEREMOS JULGADOS NÃO PELAS COISAS QUE FAZEMOS OU DEIXAMOS DE FAZER, MAS PELA CARIDADE QUE REALIZAMOS, ENGRANDECENDO AQUELES QUE O MUNDO SE ENCARREGOU DE DIMINUIR. Com as leituras deste dia, aumentemos a nossa fé e a nossa esperança, com a certeza de que Deus vem ao nosso encontro para suprir todas as nossas reais necessidades, especialmente a necessidade que temos de amar e de sermos amados. Esta é a primeira delas. Em mais um Natal, não estejamos preocupados unicamente com as mesas fartas para as festas de final de ano. VOLTEMOS O NOSSO CORAÇÃO PARA AQUELES QUE PASSAM PRIVAÇÕES DURANTE TODO O ANO E, TALVEZ, DURANTE TODA UMA VIDA. Deus oferece o banquete do amor, da alegria e da verdadeira fartura para todos (1ª leitura – Is 25,6-10). E com este banquete, oferece também a possibilidade de vivermos a unidade e o respeito às diferenças. Façamos parte deste banquete, para que possamos encontrar o Cristo que vem a nós, oferecendo-nos uma vida mais digna, com a fartura que realmente conta. Aquela que a partilha faz render, pois é o amor que faz crescer.

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