terça-feira, 9 de agosto de 2016

Festa de São Lourenço, diácono e mártir: “Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão. Mas se morre, então produz muito fruto” (Jo 12,24-26).

QUANDO A IGREJA PEDE QUE CELEBREMOS A NOSSA FÉ, OLHANDO PARA O EXEMPLO DOS MÁRTIRES, SOMOS PROVOCADOS A RELACIONAR OS NOSSOS SOFRIMENTOS AOS SOFRIMENTOS DE JESUS. Assim com Jesus, muitos homens e mulheres demonstraram com muita intensidade até onde iria o amor que eles abraçaram pela Igreja e pelo evangelho. Não se busca o sofrimento, mas na perspectiva de nossa fé, quando tal sofrimento se faz realidade, é preciso encará-lo, olhado sempre para Jesus que sofreu por um ideal e por ele soube ser fiel. Contemplando os grandes mistérios de nossa fé presente no testemunho dos mártires, a nossa fé nos faz compreender muito, o que, por exemplo, ensina-nos a famosa oração de São Francisco: é preciso morrer um pouco todo dia, mas com a sabedoria de Jesus, a fim de que consigamos alcançar a vida eterna. É diante desta certeza que colocamos em nossas vidas as palavras de Jesus com o evangelho de hoje. Somos comparados a um grão de trigo que precisa morrer em nós alguns caprichos, vontades e paixões para darmos lugar ao que realmente é essencial e conta para a nossa vida. O SANTO MÁRTIR QUE HOJE CELEBRAMOS, PORQUE SEMPRE OLHAVA PARA JESUS, SOUBE ASSUMIR COM MUITA PROPRIEDADE A GLÓRIA DO MARTÍRIO. Morreu pelo evangelho. Por esta razão, seu exemplo continua dando muitos frutos para os nossos tempos. Quantos homens e mulheres, ainda que anonimato, souberam ser força para a Igreja, a ponto de assumirem como consequência o amor que passou pela dor da morte? “Deus ama a quem dá com alegria” (1ª leitura – 2Cor 9,6-10). São com estas palavras de São Paulo que podemos reforçar todo o bem que habita em nós, a partir do amor de Jesus, mesmo quando Ele morreu no alto da cruz. QUE AS NOSSAS DORES CONSIGAM ENCONTRAR REMÉDIO NAS DORES DE JESUS. Que as dores do nosso povo, ajudem-nos a alimentar a nossa fé, a partir do desejo de sairmos de nós para sanarmos os problemas e tristezas daqueles que, ainda que não tenham sofrido o martírio, passam por privações e humilhações que continuam a refletir a agonia de Jesus naquela cruz.

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