QUANDO
A IGREJA PEDE QUE CELEBREMOS A NOSSA FÉ, OLHANDO PARA O EXEMPLO DOS MÁRTIRES,
SOMOS PROVOCADOS A RELACIONAR OS NOSSOS SOFRIMENTOS AOS SOFRIMENTOS DE JESUS. Assim
com Jesus, muitos homens e mulheres demonstraram com muita intensidade até onde
iria o amor que eles abraçaram pela Igreja e pelo evangelho. Não se busca o
sofrimento, mas na perspectiva de nossa fé, quando tal sofrimento se faz
realidade, é preciso encará-lo, olhado sempre para Jesus que sofreu por um
ideal e por ele soube ser fiel. Contemplando os grandes mistérios de nossa fé
presente no testemunho dos mártires, a nossa fé nos faz compreender muito, o
que, por exemplo, ensina-nos a famosa oração de São Francisco: é preciso morrer
um pouco todo dia, mas com a sabedoria de Jesus, a fim de que consigamos
alcançar a vida eterna. É diante desta certeza que colocamos em nossas vidas as
palavras de Jesus com o evangelho de hoje. Somos comparados a um grão de trigo
que precisa morrer em nós alguns caprichos, vontades e paixões para darmos
lugar ao que realmente é essencial e conta para a nossa vida. O SANTO MÁRTIR
QUE HOJE CELEBRAMOS, PORQUE SEMPRE OLHAVA PARA JESUS, SOUBE ASSUMIR COM MUITA
PROPRIEDADE A GLÓRIA DO MARTÍRIO. Morreu pelo evangelho. Por esta razão, seu exemplo
continua dando muitos frutos para os nossos tempos. Quantos homens e mulheres,
ainda que anonimato, souberam ser força para a Igreja, a ponto de assumirem
como consequência o amor que passou pela dor da morte? “Deus ama a quem dá com
alegria” (1ª leitura – 2Cor 9,6-10). São com estas palavras de São Paulo que
podemos reforçar todo o bem que habita em nós, a partir do amor de Jesus, mesmo
quando Ele morreu no alto da cruz. QUE AS NOSSAS DORES CONSIGAM ENCONTRAR
REMÉDIO NAS DORES DE JESUS. Que as dores do nosso povo, ajudem-nos a alimentar
a nossa fé, a partir do desejo de sairmos de nós para sanarmos os problemas e
tristezas daqueles que, ainda que não tenham sofrido o martírio, passam por
privações e humilhações que continuam a refletir a agonia de Jesus naquela
cruz.
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