Pela pressa a que estamos acostumados, quando nos
deparamos com alguma situação ruim, queremos logo resolver com “as nossas
próprias mãos”. É duro viver com algo nos inquietando. Chega a ser angustiante
viver com alguém que só provoca divisão e intrigas. Isto é muito comum no
ambiente de trabalho, quando não “vamos com a cara de fulano”. Mas isto também,
infelizmente, acaba acontecendo ainda em algumas atividades que desenvolvemos
até mesmo na igreja, como agentes de pastoral que somos. Preferimos trabalhar com
alguém, quando esta pessoa se identifica com a nossa forma de ser e de agir.
Quando tais situações escapam do nosso viver, precisamos, com carinho, ler e
rezar a parábola do joio e do trigo a que se refere Jesus. Certamente
preferiríamos erradicar o mal logo, a fim de não prejudicar o desenrolar de
nossas atribuições. Mas Aquele que nos julga por tudo aquilo que somos e
fazemos, convida-nos sempre a experimentar a sua misericórdia. PODEMOS SER COMO
O TRIGO, MAS HÁ CERTAS OCASIÕES QUE PODEMOS SER O JOIO DA HISTÓRIA. Bom mesmo
seria impedir a convivência daqueles que são joio em nossas vidas. Acontece que
o joio e o trigo, ainda verdinhos na plantação, são deveras parecidos.
Correríamos o perigo de agir com injustiça. QUEIMAR O TRIGO QUE SE PARECE COM O
JOIO E COLHER O JOIO QUE NUNCA FOI TRIGO. Por isso um bom exercício de
paciência fará toda a diferença. E junto à paciência, o discernimento que nos
chega a partir da intimidade que temos com Deus, mediante a oração e o seu amor
para conosco. Pelo seu DNA de amor, saberemos reconhecer o trigo e o joio.
Vamos até Ele como Moisés foi à tenda para rezar (1ª leitura – Ex 33,7-11;34,5b-9.28). Em meio a tanta gente de
cabeça dura, para não sermos injustos, o melhor é se ausentar um pouco, rezar e
esperar que cresçam o joio e o trigo para, no momento certo, aproveitar o trigo
da vida que se fará pão e refeição a todos nós. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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