Em meio a este tempo santo
do Natal, a Igreja nos faz viver a Epifania do Senhor. Esta palavra vem da
língua grega, cujo significado é: MANIFESTAÇÃO. No seu sentido religioso,
compreendemos o momento forte e santo em que, na pessoa de Jesus, Deus se
manifesta a todos os povos como Deus e Senhor. A cultura popular destaca este
dia como o dia de Reis. Belchior, Baltazar e Gaspar, guiados pela estrela de
Belém, são aos poucos conduzidos até o lugar onde se encontravam Jesus, Maria e
José. No meio do percurso são confundidos, pois não observam mais o brilho
daquela estrela. Buscam uma orientação a partir do Rei Herodes. Este, por viver
em meio às trevas, não tinha condições de oferecer nenhuma informação que os
conduzissem novamente ao encontro da luz. Até este ponto do evangelho, podemos
observar alguns importantes questionamentos. Estamos como os reis magos, à
procura da luz que é Jesus, esse Deus menino cheio de amor que se manifesta a
todos, indistintamente, ou nos identificamos mais com Herodes, que vivia nas
trevas e por isso queria ofuscar a luz que é Jesus? Ao iniciarmos mais um ano,
certamente desejamos que este tempo novo nos conduza à luz, a fim de que
possamos nos realizar sempre, em meio aos projetos que buscamos viver. O TEMPO
SÓ PODERÁ SER REALMENTE NOVO, QUANDO ENTENDERMOS QUE É PRECISO SAIR DA
OBSCURIDADE PARA ACENDERMOS AS NOSSAS LUZES, COM O INTUITO DE AVISTARMOS A
GLÓRIA DE DEUS NO MEIO DE NÓS (1ª leitura – Is 60,1-6). A luz irradia a
todos. Não existe a opção de iluminar a uns e outros não. Ela simplesmente
ilumina. Por isso Deus é luz. Porque Ele se manifesta a todos. Todos são
convidados a viver em meio à luz. Somos todos admitidos a esta herança,
associados a esta mesma promessa (2ª leitura – Ef 3,2-3a.5-6). Não nos
percamos diante daqueles que teimam em viver nas trevas. Ofereçamos nossas
vidas, como os reis ofereçam ouro, incenso e mirra. Assim seremos
recompensados, pois Deus também se manifestará a nós. Padre Aureliano Gondim. #GotasQueEdificam
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