Não
há nada melhor do que, depois de atravessarmos um momento de dificuldade, poder
alcançar a saída dos nossos problemas. Uma ocasião nova que a vida nos oferece
para fazermos tudo de outra forma. Superar um momento de tristeza e desalento,
que muitas vezes inquieta até mesmo a nossa própria alma, é possível ser mesmo
até comparado ao instante em que se recupera o fôlego, quando se está quase
sendo sucumbido pelas águas que querem nos afogar. Estamos no início da semana
da Epifania do Senhor. A manifestação da luz que põe fim a toda escuridão que
nos impede de enxergar melhor, sobretudo com o coração. Como diz o próprio
Jesus no evangelho deste dia, aos que viviam em meio à escuridão como objeto
que denota sofrimento e até mesmo a morte, eis que a tão almeja luz chega e
toca o coração de uma maneira bem diferente e especial. Quando se vive sempre
na escuridão, sem jamais ter encontrado acesso à luz, acostuma-se e acomoda-se
de uma forma mais tranquila. No entanto, UMA VEZ CONHECENDO A LUZ, NÃO SE É
MAIS POSSÍVEL ACOSTUMAR-SE COM A ESCURIDÃO. A ausência da luz sufoca e muitas
vezes também abala as nossas vidas. Ao celebrarmos a manifestação de Jesus como
luz a todos nós, será se estamos preocupados em vivermos sempre aquecidos e
alimentados por esta luz? Será se as nossas atitudes são indícios de uma vida
sempre iluminada ou nos acostumamos a viver imbuídos por situações obscuras,
que impedem de serem apresentadas as nossas ações que mais fazem mal do que
qualquer outra coisa que se adeque à vontade de Deus? Estejamos preocupados e
atentos a estas coisas como esteve São João ao escrever suas importantes
orientações que ainda hoje são extremamente válidas, como nos é possível
conferir num belo trecho de sua primeira carta (1ª leitura – 1Jo 3,22-4,6). Iluminados e iluminadores, na graça de
Deus, queiramos ser sempre, a fim de que o ano que se inicia nos afaste de
qualquer treva e sinal de morte. Padre Aureliano
Gondim. #GotasQueEdificam
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