Se existe algo altamente desagradável é sermos
pegos de surpresa para alguma coisa. O despreparo nos deixa desconcertados,
talvez até sem conseguirmos dar um passo à frente. A parábola que Jesus hoje
nos conta tem a finalidade de nos alertar para os percalços da vida. DEUS QUER
QUE SEJAMOS SEUS SERVOS, MAS SERVOS VIGILANTES. Aliás, aqui já antecipo um
importante detalhe: o tema da vigilância vai nos acompanhar durante alguns dias
com a nossa reflexão diária do evangelho. DEUS QUER A NOSSA VIGILÂNCIA. ELE NÃO
QUER SER UM ACIDENTE NA NOSSA VIDA. O encontro com o seu amor deve ser cheio de
sentido. Alimentando uma ansiedade boa, este encontro ocorrerá de forma
tranquila e madura. Trago a lembrança agora da clássica obra “O PEQUENO
PRÍNCIPE”, destacando um dos diálogos do príncipe com a raposa, quando esta lhe
fazia entender o que era mesmo o sentimento de se deixar cativar pelo amor. Assim
falou a raposa: “se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu
começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei
feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço
da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de
preparar o coração”. Se nos apresentarmos diante de Deus de qualquer forma, sem
termos zelo para com a sua presença que se dá através da oração, da caridade,
do serviço e do amor aos irmãos, sem dúvida alguma estaremos demonstrando pouco
caso com Deus. Não saberemos cativar ninguém, pois não seremos cativados pelo
seu amor. Estejamos preparados. Jesus pede para cingirmos os rins e mantermos
nossas velas acesas. “Cingir-se” é uma expressão muito comum no livro do Êxodo.
Significa estar pronto para ir aonde quer que o Senhor envie. Façamos a nossa
parte. Deus sempre faz a d’Ele. Caindo no pecado, motivados por esta falta de
vigilância, manifestemos o desejo de remissão. Assim Deus nos acolherá e nos
perdoará (1ª leitura – Rm 5,12.15.17-21). Estejamos prontos para darmos o nosso
melhor para Deus. Na vigilância, seremos sempre recompensados.
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