sábado, 7 de novembro de 2015

32º Domingo do Tempo Comum (Ano B): “Todos deram do que tinham de sobra, enquanto ela, na sua pobreza, ofereceu tudo aquilo que possuía para viver” (Mc 12,38-44).

A palavra de Deus oferecida neste domingo deseja que façamos uma reflexão madura e consciente a respeito de NOSSAS OFERTAS A DEUS. E falamos aqui não no aspecto financeiro, ou seja, as esmolas que depositamos nos cofres e sacolas de nossas igrejas, muito menos aquela esmolinha que damos aos que nos circundam. Meditando os textos bíblicos deste domingo, impressiona-nos o seguinte: SÓ QUEM NÃO TEM NADA PODE DAR TUDO. Parece algo fora de lógica. Mas A LÓGICA DE DEUS NUNCA SERÁ A NOSSA. Dois exemplos hoje são preciosos. Duas senhoras viúvas são lições para nós. No evangelho, encontramos Jesus observando com alegria uma viúva dando não o que tinha para viver, mas dando a sua própria vida. ENQUANTO OS PODEROSOS SE ACERCAVAM DE VANTAGENS PORQUE SE ESBALDAVAM COM SUAS OFERTAS GORDAS E ROBUSTAS, ESTA POBRE SENHORA DEU O QUE TINHA PARA VIVER. O CORAÇÃO FOI O TERMÔMETRO DE SUA DOAÇÃO. Neste mesmo aspecto segue outro exemplo, também de uma pobre viúva (1Rs 17,10-16). Ao encontrar o profeta Elias, que pede água e depois algo para comer, uma outra viúva, oferece-lhe o seu único alimento, afirmando que estava a espera da morte. Assim como a viúva do evangelho, esta também deu o que tinha para viver. Confiou-se em Deus. AS VERDADEIRAS OFERTAS NOS FAZEM EXPERIMENTAR A ONIPOTÊNCIA E A PROVIDÊNCIA DE DEUS. Não caiamos na lábia de pregadores astutos e desqualificados que falam por aí que, quanto mais damos, mais Deus nos recompensará. DAMOS O QUE TEMOS PORQUE CREMOS QUE TUDO É DE DEUS. As viúvas das leituras nos fazem entender o que o próprio Jesus fez com a sua vida (Hb 9,24-28). JESUS OFERECE SUA PRÓPRIA VIDA PARA QUE TODOS TIVESSEM VIDA. Que nossas ofertas sejam generosas, sobretudo, da maneira mais existencial que possa acontecer. NÃO FAÇAMOS DE DEUS OBJETO DE NOSSAS SOBRAS. Deus é tão perfeito que vive numa comunhão de pessoas: três pessoas num só Deus. E onde há comunhão sempre haverá partilha. UMA FÉ DE SOBRAS NUNCA SERÁ UMA FÉ QUE NOS LEVA ATÉ DEUS.

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