A Igreja pede-nos para celebrar no dia de hoje,
a dedicação da primeira igreja de Roma: a Basílica de São João do Latrão. Esta
igreja recebe este nome porque foi construída no monte de Latrão, ainda no
século IV, pelo imperador Constantino. É mais antiga do que a Basílica de São
Pedro. Celebrar a importância deste templo santo para a história da nossa
Igreja, é também um convite para refletirmos sobre os templos das nossas comunidades.
As igrejas, capelas, santuários e basílicas. É ainda uma ocasião forte para
compreendermos um pouco mais a dimensão pastoral de nossa fé em nossas
comunidades paroquiais. Jesus, no evangelho, faz-nos refletir sobre estas
importantes realidades. Ele, que é manso e humilde de coração, foi bastante
enérgico, e até mesmo furioso, quando se tratou de defender e zelar o espaço
que foi consagrado a Deus. Nós sabemos defender a nossa Igreja? Zelamos pelos
nossos templos que trazem consigo a história do nosso povo e da nossa gente? O
evangelista João ainda cita um trecho do salmo 69 que diz: “o zelo por tua casa
me consumirá”. Jesus estava fazendo uma faxina moral, social e religiosa
naquele templo em Jerusalém. Façamos o mesmo! Sintamos que somos também
responsáveis pela manutenção da fé nos espaços que foram consagrados a Deus,
sem jamais nos esquecermos de que os nossos lares são também uma extensão desta
sacralidade que encontramos na casa de Deus. E porque somos também templos
vivos, os nossos lares serão sempre mais o prolongamento da nossa Igreja. Jesus
também falou do seu corpo como templo. SEJAMOS A MORADIA DE DEUS! Assim como o
templo que o profeta Ezequiel nos fala hoje, trazia consigo uma nascente de
água que transbordava por suas portas, lançando vida e saúde, cada um de nós
deve ser também um guardião destas portas que lavam nossas vidas e matam nossa
sede do amor de Deus, em nossas casas e em nossos corações (Ez 47,1-2.8-9.12). É
isto que nos pede a liturgia de hoje. Como as paredes dos nossos templos, construamos
uma fé sempre sólida. A Igreja nos encaminha a isto!
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